VII Encontro dos Povos Indígenas
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VII Encontro dos Povos Indígenas


  A cidade de Guarulhos em São Paulo promoveu neste final de semana 16 e 17 de agosto de 2014 o VII encontro de tripos indígenas na cidade, tudo repleto de muito canto, dança, artesanato, ensinamentos e pura emoção! Realizei um pedacinho da minha grande vontade de aprender sobre as civilizações, da qual pratico por paixão desde que me entendo de fato como gente, a psicologia também me abriu grandes oportunidades para a compreensão da mesma, me abriu a mente e o coração em diversas formas, a primeira com um olhar humano, a segunda com o senso de ética e a terceira com calor, sim, calor humano. Ainda nem me formei, faltam apenas três anos, longos três anos que apesar dos apesares passa como num piscar de olhos e que a cada dia que passa me sinto mais apta, mais convencida e mais humanizada pela profissão com amor, cada dia mais entendida de que escolhi com certeza e fiz a escolha certa! Passando esse mela-cueca (como dizem os mais velhos), tenho a dizer, ainda em sintonia com a emoção e calor humano, que a parte que mais me emocionou foram os cânticos e danças, repletas de questões espirituais e não só, pois o canto transmite algo inexplicável. Uma cultura diferente da qual vivo e muito parecida com a que gostaria muito de viver me transmitiu nada mais além do que respeito e a importância do bom senso. Os povos indígenas, que são inúmeros, são simplesmente humanos abençoados pela Grande Mãe, a Mãe Natureza, da qual faz em comum com meu conhecimento. O que me deixa estasiada é a cultura tão rica, os rituais, as canções, o conhecimento tão invejado por qualquer ser humano, afinal, não é fácil ser um Pajé de uma Tribo! 
             



   

   



   As tribos das quais se apresentaram, uma das mais próximas a nós, fica aqui pertinho no litoral paulista, é um pedaço da tribo Tupi, a tribo mais conhecida e mais receptiva que se pode conhecer. O Pajé é um amor de pessoa, fez oração abençoando-nos, me explicou sobre seus produtos naturais (ervas), além de encarar as rodas de danças e não largar do seu cachimbo! rs. Hoje talvez eu tenha voltado ainda mais humanizada, ainda mais emocionada, ainda mais próxima de entender o contato humano, não foi graças à oração do Pajé, que estava direcionada, segundo ele, à saúde, ao bem estar, mas ao meu olhar tão curioso por uma cultura diferente, abrangente, de pessoas iguais a mim, feitas de carne e osso! É engraçada nossa curiosidade, eu na verdade me sinto muito indesejada por olhar de forma tão curiosa, de querer me comunicar ou de procurar entender, me traz um ar de desrespeito, o mesmo olhar que olho com pessoas que fazem o mesmo, porém, compreendendo sempre que apesar de sermos todos iguais, nossos hábitos, crenças e espíritos são diferentes uns dos outros e isso não é nada além de curiosidade, embora essa mesma tenha matado o gato, ela serve para nos trazer coisas boas, coisas das quais sinto agora.
    Duas tribos que tive pouco contato neste evento foram a Tupi e a Tapajós, duas tribos de pessoas lindíssimas, com seus traços de dar inveja a quem, que como eu, é tão branco que se toma sol fica parecendo um caranguejo vermelho! rs. Eu só posso dizer que me sinto apaixonada! Não pude deixar de trazer um pouquinho deles para minha casa, né? Comprei um livro indicado por um membro da tribo Tupi de nome "Ywyrá Rogwé Ywyrá Rapó" (Folhas e Ervas) da Comissão Pró-índio de São Paulo, que traz um pouco de suas plantas, chás e etc., trouxe também uma linda escultura de coruja feita em madeira para decorar meu altar e dedicá-la a Atena, trouxe também um arco e flecha para dedicar ao Deus e as Deusas e Deuses de batalha, comprei também uma caneta de penas e por fim camomila da qual eu não posso deixar faltar em minha vida e também por indicação de um nos membros, trouxe uns pedacinhos de uma árvore da qual não me lembro o nome, embora ele tenha me dito, que é ótimo para corrimento, cistos e outras coisas desse gênero. Contando com isso, posso dizer que tenho tudo o que preciso e também um dia inesquecível com a Bruna Okyo, da qual conhecia somente pelas redes e pude conhecer hoje pessoalmente. Obrigada Bruna, pela companhia e pelas divisões de ervas!!!!! rs

"Eu só posso dizer que estou estasiada, encantada, estou grata pela cultura tão cheia de mistérios e tão bela que nós temos aqui no país. Fico triste ao me confrontar com o sofrimento desse povo por nós, o povo "branco", que não os respeitamos, que tiramos deles seu espaço delimitado e determinado por nós mesmos e isso me traz profundas emoções. Infelizmente não estou na pele para sentir o que eles sentem, mas os admiro com uma imensidão da qual não se pode medir. São povos que tem muito o que nos ensinar em todos os quesitos e são povos abençoados pela Grande Mãe natureza!" — Sol.

UAU


       NHANDERU
               
              "No princípio dos tempos, a Terra era habitada por criaturas abomináveis. Eram os "Pamba'e Djaguá" (Feras Extraordinárias). "Nhanderu ete", o deus supremo do universo, decidiu eliminar os "Pamba'e Djaguá" lançando sobre a terra uma estrela incandescente, a "Djatchir Tata'i guatchú". Tidos como criaturas do mal, os "Pambá é Djaguá", que a civilização ocidental chama de "Dinossauros" ("Lagartos Terríveis" em grego), foram mortos pelo terrível calor provocado pelo cometa. Sobre as cinzas deste mundo, "Nhanderú etê"decidiu repovoá-lo com um novo ser, o "Homem". Em guarani, "Nhanderú etê" significa "Deus Verdadeiro". É o Deus de forma humana cujos olhos refletem a infinidade das cores. Onde aparece, reflete luz. Vaga pelo cosmos num veículo voador chamado "Bairý". "Nhanderu ete" percorreu o "Nhe'ê Rekuagui", o "lugar das almas", o mundo dos espíritos. De lá trouxe "Nhande ypy", o "Primeiro Homem", transportando-o em seu "Bairý" até a Terra. Chegando aqui em nosso planeta, "Nhanderu ete" advertiu a "Nhande ypy" que sua missão era povoar a Terra e não permitir que o egoísmo tomasse conta dos corações de seus descendentes. Acrescentou o deus que o egoísmo tornar-se-ia a raiz de todo o mal da humanidade pois desencadeia as guerras e toda sorte de violência do homem contra o homem. Advertiu para que os homens prezassem por sua memória, cujo exemplo inspiraria os homens a praticar o bem. Nascia ali a religião guarani." — Fonte: http://arca.da-alianca.zip.net/


Abençoados sejam pelo poder do três vezes três! )O( .Abençoados sejam por Nhanderú!



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