Bizarro - Advogado quer que Tribunal anule condenação de Jesus
Curiosidades

Bizarro - Advogado quer que Tribunal anule condenação de Jesus


O advogado queniano Dola Indidis (foto) entrou em 28 de julho de 2013 com uma ação no Tribunal Internacional de Justiça ? o principal órgão judiciário da Organização das Nações Unidas ? em Haia, Países Baixos, para anular o julgamento e a pena de morte por crucificação de Jesus Cristo.

Tecnicamente, Dola está tentando processar Tibério César (imperador de Roma, 42 aC-37 dC), o procurador Pôncio Pilatos, um grupo seleto de idosos judeus religiosos, o rei Herodes Antipas (20 aC-39 dC), a República da Itália e o Estado de Israel.

Embora esses personagens que Indidis quer acionar os quais participaram do julgamento original não estejam vivos há cerca de 2.000 anos, ele insiste que ?os governos para os quais agiram podem e devem ainda ser responsabilizados?.

?A evidência do erro judicial está registrada na Bíblia, e você não pode desacreditar a Bíblia" ? disse  Indidis no telejornal Kenyan Citizen News. 



"Eu processei o caso porque é o meu dever de defender a dignidade de Jesus e eu ter ido a Haia para buscar justiça para o homem de Nazaré" ? afirmou. "A acusação contra Jesus é seletiva e maliciosa, tendo violado seus direitos humanos por falhas no processo judicial, impedimento de contraditório e ampla defesa, abuso de poder, injúria e preconceito.?

Indidis aparentemente chamou ao processo a Itália e Israel porque na conquista da independência, os dois Estados incorporaram as leis do Império Romano, em vigor no momento da crucificação.

Advogado e ex-porta-voz do Ministério da Justiça do Quênia, Dola Indidis fez dessa ação uma missão de vida. A primeira tentativa do advogado aconteceu em 2007, no Tribunal Superior do Quênia, que recusou o caso com a alegação de que não era de sua jurisdição. 


No final de julho ele entrou com o processo no Tribunal de Haia. O fato virou notícia e vem sendo tratado em tom de piada pela mídia de todo o mundo já que é um caso de mais de 2000 mil anos e envolve, além do próprio Cristo, um império que não existe mais.

Especialistas em Direito Internacional vão mais longe na antecipação do fracasso da ação. A professora de Direito Internacional da Columbia Law School, Anthea Roberts, explica que o Tribunal de Haia não tem competência legal para apreciar o caso. ?O Tribunal Internacional de Justiça só tem competência para reconhecer petições apresentadas por um Estado contra outro. A ação de Indidis é pessoal, portanto, Haia não tem jurisdição sobre o tema?.

O julgamento sob o ponto de vista jurídico
Ecce homo by_Hieronymus_Bosch (1475)
Julgamento teria tido erros
judiciais pelo direito romano
O julgamento de Jesus teve seis fases, se cotejarmos os relatos dos quatro Evangelhos:  três perante a lei mosaica e três sob a luz do direito romano. Sob a lei judaica, foi uma audiência preliminar diante de Anás (o antigo sumo sacerdote), a segunda diante do sumo sacerdote em exercício, Caifás e a terceira diante do Grande Sinédrio, a Suprema Corte do direito Judaico. Sob o direito romano, o processo abrange o primeiro julgamento sob Pilatos; o segundo diante de Herodes Antipas e o terceiro de volta a Herodes. Tanto Pilatos quanto Herodes eram procuradores do Imperador Tibério, sendo o primeiro na Galileia e o segundo na Judeia.

No império Romano, o julgamento geralmente era feito na província onde o delito foi cometido, mas podia ser transferido para a província de onde o acusado era originário. Pilatos valeu-se disto para enviar Jesus a Herodes.

O Grande Sinédrio, a Suprema Corte Judaica, era a única corte com jurisdição sobre crimes puníveis com a morte. Mas sob o domínio político romano a pena capital executada por judeus foi cassada. O Sinédrio só podia executar a pena de morte por intermédio do sistema de execução penal romano.

Juristas afirmam que houve sete ilegalidades no julgamento sob a lei mosaica e mesmo assim o Sinédrio não conseguiu declarar de fato Jesus culpado de blasfêmia, que era crime da lei judaica, não da romana. Porém, a intenção dos sumos sacerdotes era forte em condenar Jesus pois sua pregação subvertia dogmas e preceitos da lei mosaica, tanto que compraram a delação de Judas. Por isso, foram apresentadas nas instâncias romanas acusações bem diferentes das oferecidas nos julgamentos judeus. Para a lei romana, Jesus foi acusado por incitar as pessoas à revolta, incentivando a sonegação de impostos, e afirmando ser rei.


Com informações de News.com.au / The Jersusalem Post / Kenyan Citizen News




Leia também: 
''Criança que assiste Pokemon pode virar gay'' Afirma pastor evangelico



loading...

- Esqueça O Jesus Loiro De Olhos Azuis: Especialista Forense Revela A Verdadeira Aparência De Jesus Cristo
Representado na arte cristã como um homem branco de cabelos longos e castanhos, Jesus Cristo na realidade pode ter sido bem diferente dessa visão. Segundo um especialista forense, o filho de Deus teria pele mais escura, cabelo curto e encaracolado. ...

- Bíblia De 1500 Anos Que Era Mantida Em Segredo é Descoberta Na Turquia E Causa Preocupação Ao Vaticano
O livro era mantido em segredo desde a sua descoberta em 2000; uma das polêmicas do evangelho é de que Jesus seria apenas um profeta e que Ele nunca teria sido crucificado O Vaticano está preocupado desde que uma Bíblia, de 1500 anos foi descoberta...

- Antigo Evangelho Apócrifo Afirma Que Jesus Era Um 'mutante' E Mudava De Forma Constantemente
Decifrado recentemente, um texto egípcio de 1,2 mil anos conta que Jesus teria celebrado a Santa Ceia com Pôncio Pilatos (o juiz que autorizou sua crucificação, de acordo com os Evangelhos Canônicos), numa terça-feira e não numa quinta, e que Jesus...

- 'são Pedro Não Foi Papa' Afirmam Historiadores
Na época do santo, liderança das igrejas cristãs era 'compartilhada' por anciãos. Papado 'monárquico' surgiu séculos mais tarde; martírio em Roma é provável. Católicos do mundo todo vêem São Pedro como o protótipo dos papas,...

- A Corte Internacional De Justiça E O Imbróglio Balcânico, Por Sufyan El Droub
Em 26 de fevereiro passado, a Corte Internacional de Justiça decidiu que a República da Sérvia, como sucessora da antiga República Federal da Iugoslávia (Sérvia e Montenegro), violou suas obrigações sob a Convenção para a Prevenção e a Repressão...



Curiosidades








.