Análise: "O Universo no Olhar" - Olhos as janelas da alma
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Análise: "O Universo no Olhar" - Olhos as janelas da alma





Sinopse filme: O Dr. Ian Gray (Michael Pitt) é um cientista que pesquisa sobre a íris ocular. Obcecado por descobrir a origem da visão, ele tenta provar que o desenvolvimento do olho humano faz parte da evolução natural, e não precisaria de um "designer inteligente" - ou seja, uma figura divina para criá-lo. Ele trabalha com a ajuda de sua estagiária Karen (Brit Marling) e de Kenny (Steven Yeun). Um dia, ele conhece Sofi (Astrid Berges-Frisbey), e os dois se apaixonam, apesar da diferença de convicções. A aproximação dos dois fará Ian buscar explicações além da ciência para os mistérios que o olho humano pode guardar.




   Ontem assisti o filme "I Origins", que foi traduzido para "O Universo no Olhar". Filme que já assisti pelo menos umas dez vezes (obs: todas as vezes eu chorei). Já devia ter feito uma "análise" ou "resenha" desse filme por N motivos, mas a ideia nunca passou pela minha cabeça, até ontem. Esse é um filme que costumo indicar sempre, para qualquer um. Não por ser um filme de prêmios e grande público, porque ele não o é, mas pela mensagem que há.
    O filme conta a ambição de um jovem cientista cético em busca de evidências ou provas concretas da origem da nossa existência. Essa pesquisa surge através da busca pela ligação ou mutação dos olhos de cada ser vivo na Terra em relação à adaptação com o ambiente ao qual ele habita. Em uma festa de halloween ele conhece Sofi, uma jovem deslocada e muito espirituosa, que no decorrer da estória tenta mostrar à ele que a vida está além da compreensão científica, mostrando a ele a essência da descoberta espiritual que ele não considera. Nessa festa eles conversam e ele pede a ela uma foto de seus olhos, acontecimentos bastante incomuns ocorrem e ele a reencontra no metrô por acaso e então saem juntos e etc., a essência do filme começa a partir da morte de Sofi no elevador que fica entre dois andares e parte seu corpo.
   A partir dai alguns anos se passam e ele se casa com a auxiliar do laboratório e tem um filho, no hospital é registrado por uma tecnologia de escaneamento da íris e quando registrado é obtida a informação de outra pessoa, já que a partir do escaneamento surgem todas as informações do indivíduo, e já havia um registrado com as informações genéticas idênticas as do bebê. O "hospital" entra em contato com o casal e afirma que o bebê está sob suspeita de autismo precoce. Recebendo essa notícia Ian quis saber a respeito, já que aparentemente o filho não demonstrava qualquer sinal da doença. Levado ao laboratório, foi apresentado ao bebê diversas imagens de lugares, pessoas e animais. Ian intrigado buscou saber a respeito dos testes e descobriu que na verdade  não eram médicos, mas cientistas que estavam investigando a possibilidade de vida após da morte (reencarnação), já que o bebê tinha compatibilidades com um senhor que havia falecido tempos antes do bebê nascer.
    Ian foi até a fazenda, reconhecendo as imagens que foram apresentadas ao filho e descobriu que estavam sendo feitos esses testes em segredo e tentou encontrar informações a respeito, já que ele não acreditava nessas possibilidades espirituais, a partir de fotos de olhos ele descobriu que havia um registro recente de identificação a partir de escaneamento da íris de alguém na Índia compatíveis com Sofi. A esposa pediu a ele que fosse até a Índia e descobrisse a respeito a partir de testes idênticos aos que foram feitos com o filho. Ian foi até lá e encontrou Salomina, uma menina jovem, que havia perdido os pais e estava pelas ruas sem qualquer condição digna de sobrevivência. Ele a leva até o hotal em que está hospedado (sobe pelas escadas para não dar de cara com um religioso que havia conversado quando chegou ao país) e faz com ela alguns testes, mostrando imagens que trazem referências à Sofi, dessa forma, seria possível analisar se ela realmente se lembrava de alguns acontecimentos da vida passada, o teste tinha sido razoável, nada que provasse de fato algo.
   Desistindo da pesquisa Ian leva a garota até o centro e no caminho chama o elevador, quando o elevador se abre, Salomina tem um ataque de choro, e o abraça com medo. Ian se assusta e entende que ela de alguma forma tinha recordações de alguns acontecimentos ruins da vida passada que marcaram e que embora não soubesse explicar ou até mesmo não lembrasse, ainda havia algo dentro dela que mostrava que o elevador tinha provocado dor. Ian pega a menina no colo e leva ela pelas escadas até os braços da coordenadora do centro comunitário que costumava receber Salomina e o filme se acaba.
   Essa cena final é muito interessante, porque quando Sofi e Ian estavam juntos ela tentou mostrar a ele o que seria o entendimento do espiritual, já que ele antes de dar de cara com uma propaganda que tinha a imagem dos olhos de Sofi antes de se encontrarem por um acaso no metrô vieram seguidos da numeração 11, que é um número bastante espiritual, ela fez uma comparação com uma porta entreaberta que foi a seguinte:

Ian: Tinham muitos onzes, e depois disso eu dei de cara com seus olhos e foi o que me levou até você, muito improvável, improvável como a vida.
Sofi: Eu sei. Eu mandei os sinais.
Ian: Besteira!
Sofi: Você sabe que tem...
Ian: O que?
Sofi: ... mas tem medo disso!
Ian: Medo de que?
Sofi: Olha só...Você vive nesse quarto, né? Realidade! Você tem uma cama, você tem livros e uma mesa... Cadeira, abajur... Lógica! Mas nesse quarto tem uma porta pro outro lado, tá vendo? (Corta pra porta entreaberta e a luz que passa por ela). A luz atravessa! Ela está aberta. Só um pedacinho, mas está aberta. Você vive tentando fechar essa porta porque você tem medo, mas você não vai ter medo sempre.
Ian: O que tem atrás da porta, além da minha roupa suja?
Sofi: Você tem que entrar pra descobrir. Você sabe do que eu to falando...
Ian: Não faço ideia...
Sofi: Mas vai ter... Vai ter!

   Na cena final, ele passa por duas portas com a menina que supostamente seria a reencarnação da Sofi e ai o filme termina. Fazendo uma alusão ao momento em que ele finalmente perdeu o medo de acreditar em algo além da explicação concreta e científica. Essa foi a cena mais linda do mundo! (rs) Chorei todas as vezes que eu vi, porque mostra a essência da crença, a busca por algo que não se tem certeza, o questionamento e as infinitas possibilidades que há na vida. Isso mostra também o quão pequenos nós somos e o quão grande é a existência e a inexistência que não se pode explicar ou afirmar, é sentir.



    Um dos animais que é mostrado no filme e que traz a alusão aos olhos e/ou olhar é o pavão, animal sagrado na Índia e não só, que faz representação de algumas Deusas é chamada de "Ave do Paraíso", porque sua causa tem pontinhos que parecem olhos e é tida como "Ave de cem olhos". As aves em diversas mitologias são a representação da elevação, do espiritual em contato com o mundo material, e são as mensageiras divinas, já que sobrevoam o céu e podem ver tudo lá de cima, além de ser símbolo da fertilidade. Algumas mulheres usam joias no meio da testa que simbolizam a abertura do terceiro olho, que é "a visão além do que se vê", já que nossos olhos nos mostra tudo o que acontece no mundo física, o terceiro olho que não podemos ver (mas podemos sentir) nos mostra o que há no astral e espiritual, um tipo de experiência extra sensorial.
   Os olhos são considerados as "janelas da alma", é onde se obtêm todas as verdades de um ser e os antigos povos sabiam disso. É a representação de toda a nossa essência espiritual e possivelmente o que restou de nossa espiritualidade. É a partir do olhar que se obtêm toda a essência de cada indivíduo como individual.

No universo dos seus olhos
Existem seres invisíveis
Existem astros e estrelas
Que ninguém nunca viu

No universo dos seus olhos
O mundo cabe em sua pupila
A noite passa e vem o dia
Em brancas nuvens sobre o sol

No universo dos seus olhos
Crianças brincam de adultos
Adultos brincam que são deuses
Deuses da destruição

Num grão de areia
Na folha da palmeira
Ao alcance
Dos seus olhos.
Música: Ira - No universo dos seus olhos 



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