Altar do Sagrado
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Altar do Sagrado



   Muitos debates são gerados em torno da questão "Altar Menstrual", já que a prática da Arte não abrange só a mulher como sagrado, mas a polaridade, ou melhor, a dualidade. É com frequência que garotos buscam entender como podem manifestar o culto ao sagrado masculino e independente da sexualidade que exerce, como podem cultuar o seu próprio sagrado, já que dentro da Arte também temos membros homossexuais em covens e grupos de bruxaria. Isso não deveria ser mistério para ninguém, afinal como somos iguais, não dá diferenças quando se trata da quartinha (onde guarda-se o líquido). Muitos questionam como podem manifestar seu sagrado em culto, venho a vocês explicar algumas dessas questões.
   Como todos nós sabemos (ao menos deveríamos saber), cada um de nós exerce uma determinada "função" representativa nas mitologias quando se trata de reprodução: homem e mulher. Uma mulher homossexual, independente de sua sexualidade exerce fisicamente a representação do feminino com a menstruação, enquanto o homem não tem menstruação e como eu disse, independente de sua sexualidade são seus sagrados. A mulher feminina ou não, pode prestar culto à sua menstruação, amamentação (gestação) e fertilidade se assim convier, e o homem feminino ou não, prestar culto à sua fertilidade se assim convier a ele, já que o corpo de ambos não funciona dependente de sua sexualidade, mas de sua biologia. "Mas eu como homem posso ter um altar menstrual, mesmo não menstruando?" Pode! Claro que pode, como eu disse: "se assim convier", mas é necessário que você estude e saiba o funcionamento do ciclo menstrual, e o inverso? Também pode ser feito! E pode porque tudo é a base de estudos, você é livre para conhecer os sagrados que convier a você, porque não há preconceito dentro do paganismo!
   Há três períodos que a mulher pode celebrar: a menarca (1ª menstruação/puberdade), o ciclo menstrual (desde a primeira menstruação até uma possível gravidez) e a menopausa (fim do ciclo), porque são as três faces da Deusa: donzela/virgem, mãe e anciã que correspondem a nascimento/renascimento, vida e morte. Já o homem celebra a entrada da puberdade, seu ciclo contínuo (fertilidade) e o período de descanso (fim do ciclo masculino), que representa as três faces do Deus: A criança da promessa, o jovem amante e ancião, portanto, nascimento/renascimento, vida e morte, assim como a mulher, porém, cada um deles com suas características relevantes e que são bastante distintas, cada um com suas peculiaridades e aspectos próprios que podem igualmente ser cultuados.
   Muito se diz sobre o altar do sagrado feminino ou altar menstrual, para quê ele serve? Bom, o altar é um ponto de conexão energético do plano físico (onde estamos) para o astral e espiritual (não necessariamente nesta ordem, é claro) e são, por vezes, nosso ponto de conhecimento contínuo. É celebrando que se aprende! O altar menstrual é tradicionalmente montado com itens mais do que necessários: quartinha, corda vermelha e vela, tirando os enfeites que representam o feminino mitologicamente como conchas, caldeirões, potes cheios de água, imagens da Vênus ou de alguma Deusa específica e etc., e esse altar é tradicionalmente montado na cor vermelha, representando o período vermelho (menstruação) que é a troca de sangue da mulher. Mas quando se trata do masculino, que cor deve ser montado e o que deve ter? Primeiro vamos analisar o valor e necessidade dos itens que são muito importantes.
   A quartinha representa no caso da mulher o seu útero, e é nele onde colocamos nosso sangue menstrual que colhemos nos três ou quatro dias de menstruação para despejar depois na terra (do jardim, da praça, etc.); a corda vermelha é uma corda feita em pano ou cetim (qualquer coisa que o indivíduo preferir usar) trançada para ser usada durante esse período, que é algo simbólico representando a "marca"; a vela é o fogo sagrado que representa a sexualidade do ser humano, a reprodução e a criação, por isso, quando a mulher menstrua e usar o altar menstrual ela deixa a vela (geralmente de 7 dias na cor vermelha) queimando, pois seu útero está em funcionamento, está em ciclo.  Para o homem não seria diferente, a quartinha representa seu corpo físico em funcionamento e sua sexualidade ativa; a corda representa seu período de colhimento (quando ele decidi colher seu líquido) e a vela representa essa vivacidade do ciclo que o homem pode decidir conforme seu dia-a-dia (conforme for melhor a ele). Mas, que cor pode ser usada? Vamos as análises? 

Quartinha vermelha — Representa o sangue da vida, o fogo da criação.
Quartinha azul — representa a água geradora, o sagrado feminino, o corpo físico.
Quartinha branca — Representa a pureza espiritual, o sagrado unificado e dual, o Deus masculino.
Quartinha marrom ou verde — Representa a terra, a semente, a fertilidade e força masculina ou feminina, o mundo material. (ligado ao Deus de chifres, por exemplo).
Quartinha preta — Representa a morte, o período de sembras e passagem, as luas, a mulher, a anciã.

   Conforme as descrições é possível entender por fim que cor usar no seu altar, porque é aquilo que vai representar o seu sagrado, o seu biológico ou aquilo que você preferir. Dessa forma passamos para outra questão: "O que o homem colhe, se não possui menstruação?", sejamos criativos! Você pode colher seu sêmen? Pode! Você pode colher seu suor? Pode! Assim como a mulher pode colher sua menstruação, ou seu leite materno (que não for utilizar e se não fizer falta: no caso da falta de leite), seu suor, seu líquido lubrificante (corrimento) e etc. A ideia é cultuar e celebrar seus ciclos. Entramos em outra dúvida: "Como colher?", cada um encontra um jeito mais fácil para tal, eu por exemplo, costumo colher a menstruação enquanto tomo banho para evitar sujeira. Há mulheres com o fluxo muito grande e por isso é mais fácil sentir quando vai ter resíduo para recolher, o que não é meu caso pessoal, mas é preciso adaptar-se e tentar métodos para ver qual é o mais fácil e menos problemático.
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