As Faces da Deusa: Donzela, Mãe e Anciã
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As Faces da Deusa: Donzela, Mãe e Anciã



  O ciclo sagrado se movimenta como o nosso ciclo, afinal, todos esses ciclos fazem parte de uma totalidade, conhecida também como o Todo. Esse "Todo" é o movimento circular que a Terra dá, completado então as vinte e quatro horas do dia, o próprio Universo movimenta-se nesse mesmo sentido, cada planeta, cada estrela, cada pequeno acontecimento condizendo e afetando todo o restante como um "organismo" ou mesmo como um ciclo. Dentro do nosso ciclo existem etapas pautadas em uma questão tríplice, são elas: O nascimento então a juventude, o ciclo de transformação ao qual se refere à reprodução humana, onde nossos corpos são totalmente preparados para tal, e finalmente a passagem, que é nossa preparação para deixar nossos ensinamentos aos que ficarão em nosso nome e então partimos para famosa terra do descanso do espírito, ao qual cada um de nós dá um nome condizente com nossas crenças e tradições culturais.

   O ciclo divino da Deusa está esquematizado nesse sentido, vida e morte, dando a nós a ideia de imagem e semelhança com o divino, entendendo que todas as transformações e passagens que temos durante esse ciclo natural é tão sagrado quanto qualquer outro ciclo dentro da natureza. Sabendo disso, nós dizemos que a Deusa possui três faces: Donzela, Mãe e Anciã, que são portanto as três passagens marcantes dentro do nosso ciclo. A pergunta mais frequente é: "Homens dentro da bruxaria também seguem este mesmo esquema?", posso dizer-lhes: Absolutamente! Tudo está em uma sincroniza natural, homens, mulheres, crianças, animais, insetos, bactérias, poeiras, estrelas, planetas... Estão todos num mesmo ciclo, mas cada um vivendo seu próprio ciclo. É possível entender melhor este esquema na imagem, onde o círculo de fora representa o Todo e o de dentro simboliza o ciclo único e pessoal de cada um, idealizando que se trata de uma pessoa, por exemplo, é mais fácil o entendimento acerca dessa questão.
   Visando esse esquema acima, nós temos a ideia do número 3 como número divino, assim como outros números, muito embora esse seja um dos principais, estando em diversas mitologias de civilizações antigas como a celta, romana, nórdica, egípcia, suméria, grega e outros diversas. A simbologia do número três está entre todas as mitologias possíveis como um número de união e equilíbrio, é também o simbolo da trindade.

"Três (3) – É o triângulo. A síntese que une o masculino íntegro, com o feminino facetado. Emblema da conclusão e por isso mesmo das tríades sagradas das grandes civilizações: Brahma, Vishnu, Shiva. Osíris, Ísis, Hórus. Pai, Filho, Espírito-Santo e as três letras maternais da cabala Aleph (ar), Mem (água) e Shin (fogo). No tarot é A Imperatriz, a mãe do mundo." — http://numero-logos.blogspot.com.br/
   
   A Deusa aparece portanto como a Deusa Tríplice, representando as faces da vida e da própria Lua. Cada uma destas três faces representam uma determinada, assim como algumas Deusas que possuem sua própria triplicidade, como por exemplo a Deusa Brigith ou Brigid, que representa suas três faces em uma: Deusa das artes, Deusa da colheita e Deusa das Ferrarias e não só, outras Deusas aparecem com a mesma ideia de triplicidade.

Deusa Virgem/Donzela: Representa o seu aspecto jovial, fértil e de nascimento, onde torna-se simbolicamente o período de reprodução.
Deusa Mãe/Mãe: Representa o aspecto de criação, onde a mulher daria a luz à uma criança/cria, representando toda a responsabilidade acerca do feminino como sagrado.
Deusa Anciã/ Anciã: Representa o período de "despedida", onde a mulher passa a não ser fértil para se reproduzir, dando lugar á sabedoria sagrada, ensinando e transmitindo conhecimentos aos que ficam em seu nome, para que possa então partir para seu descanso e portanto, concluindo seu ciclo.

   Esse ciclo é simbolizado como um círculo, pois ele não possui, segundo o paganismo, um fim muito embora a ideia da velhice nos dê essa conclusão, é dito que após esse descanso do espírito, o mesmo volta na sua reencarnação para o mundo que havia deixado para trás para um novo começo, dando ênfase ao que declara a crença do espiritismo, sobre a questão de retorno e objetivos espirituais de crescimento, claro que depende do que cada um acredita em seu particular. Dentro do período de transição do próprio corpo da mulher, tem-se ideia da dimensão dessa ideologia acerca de suas "faces", é por isso que durante o período de menstruação a mulher celebra seu ciclo menstrual, celebrando a sua fertilidade, seu corpo e seu sagrado.



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