O embaixador russo na Dinamarca afirmou, numa surpreendente declaração, que caso a Dinamarca se junte ao sistema de defesa antimíssil da NATO, se pode tornar num alvo de mísseis nucleares russos.O embaixador russo na Dinamarca, Mikhail Vanin, afirmou este sábado num artigo de opinião publicado no jornal dinamarquês Jyllands-Posten, que ?acredita que os dinamarqueses não compreenderam totalmente as consequências de a Dinamarca se juntar à aliança liderada pela América e integrar os dispositivos do escudo antimíssil?, referindo-se à NATO. Acrescentou que, ?se o fizerem, então os navios de guerra dinamarqueses vão ser alvos de mísseis nucleares russos?, relata o jornal britânico The Telegraph. ?A Dinamarca passaria a fazer parte da ameaça contra a Rússia. Será menos pacífica e as relações com a Rússia irão sofrer com isso. Esta é, obviamente, uma decisão vossa ? só tenciono relembrar-vos que as vossas finanças e segurança irão ficar a perder. Simultaneamente, a Rússia tem mísseis que são certamente capazes de perfurar o futuro sistema de defesa antimíssil global?, garante Vanin.
Martin Lidegaard, ministro dinamarquês dos Negócios Estrangeiros, reagiu aos comentários do embaixador, classificando-os como ?inaceitáveis?.
?Se foi realmente isso que [Mikhail Vanin] disse, então é inaceitável. A Rússia sabe perfeitamente que o sistema de defesa de mísseis da NATO é apenas defensivo e não é dirigido à Rússia?, afirmou Lidegaard. ?Apesar de discordarmos da Rússia em várias questões importantes, também cooperamos com ela? e é importante que o tom das conversações não se ?agrave?.
As declarações do embaixador russo na Dinamarca, Mikhail Vanin, foram feitas pouco tempo depois de a Dinamarca ter publicado detalhes de invasões no seu espaço aéreo por aviões russos, que duplicaram desde 2012. Os aviões russos têm o hábito de desligar os seus identificadores ao se aproximarem do Báltico Ocidental, numa manobra classificada como perigosa para o tráfego aéreo civil e que visa impedir que os aviões sejam identificados, afirma a mesma fonte.
Em agosto de 2014, a Dinamarca anunciou que se iria juntar ao sistema de defesa antimíssil da NATO com o objetivo de se proteger de organizações terroristas e outras organizações que tenham capacidade de disparar mísseis contra a Europa e os Estados Unidos, afirmou Martin Lidegaard.
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O argumento do embaixador russo, Vanin, e que a Rússia sente que a NATO está a ameaçar as suas fronteiras:
?Não consigo imaginar uma nova Guerra Fria, mas há quem sinta que a NATO está a mover-se progressivamente para mais perto das fronteiras russas e a reforçar a sua posição. Isso cria insegurança na Rússia?, argumentou, de acordo com a transcrição do The Telegraph.
A Alemanha, Polónia, Lituânia, Letónia, Estónia, Finlândia, Suécia e Dinamarca são os países que, para além da Rússia, rodeiam o Mar Báltico. Seis deles pertencem à NATO. Alguns dos países da ex-União Soviética no Báltico, como a Lituânia e a Estónia, agora pertencentes à União Europeia e à NATO, têm mostrado desconforto com a sua situação em relação à Rússia. Tal deve-se sobretudo a terem uma vasta proporção da população que é de origem russa.
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