R$ 35 BILHÕES DE DÉFICIT, PORÉM R$ 452 BILHÕES DE JUROS...
Curiosidades

R$ 35 BILHÕES DE DÉFICIT, PORÉM R$ 452 BILHÕES DE JUROS...




  


R$ 35 BILHÕES DE DÉFICIT. R$ 452 BILHÕES DE JUROS

Por Fernando Brito, no blog "Tijolaço":

"O governo anuncia sua proposta orçamentária para 2016, prevendo um déficit de R$ 35 bilhões, ou 0,5% do PIB.

Ruim, mas não mortal. A maioria dos países europeus, hoje ? e já há tempos ? têm déficits orçamentários imensamente maiores. Os EUA, nem se fala: estão comemorando a queda de seu déficit para ?apenas? US$ 431 bilhões ? R$ 1,55 trilhão, ou 2,4% do PIB americano.

Mas como fazer superávit ? em tese para pagar encargos da dívida pública e reduzir seu montante ? se o Banco Central, com apoio do governo, eleva sistematicamente a taxa que incide sobre essa dívida e obriga o país a, hoje, despender com juros R$ 452 bilhões, ou 7,92% do PIB?

Não é possível fazer superávit sem atividade econômica que gere arrecadação e é impossível sustentar a atividade econômica se, além da paralisia provocada pela "Lava Jato" (e que se estende muito além das obras com suspeitas) e da crise internacional, a própria área econômica do Governo diz -por palavras e atos ? que quer fazê-la cair em nome de um combate à inflação que, francamente, só um louco pode dizer que, no Brasil, tem na demanda um fator de elevação?

É hora de o Governo brasileiro ver que, ao lado do arrocho necessário nos gastos públicos, é preciso que se restaure a confiança na economia, o que não se dá com uma simples conta de superávit ou déficit público, mas com a retomada de um mínimo de dinamismo nos investimentos e no consumo das famílias.

Os comentaristas econômicos, que gostam tanto de comparar essa questão do superávit a ?uma família que gasta mais do que ganha?, nunca dizem que, mesmo que a família gaste menos, jamais haverá equilíbrio se seus ganhos (neste caso, a arrecadação) minguarem à penúria.

O Brasil não quer se negar aos capitais, nem pretende que eles invistam em títulos públicos e financiem o governo a juros irrisórios.

Mas tem de ter coragem de se negar a ser um playground do capital.

Que não vai fugir do Brasil, não aquele que mais importa, o que traz empresas, produção, emprego e desenvolvimento.

O outro, corre para os 'bonds' do Tesouro Americano por qualquer tremor na China ou 0,5% de juros do 'Federal Reserve'.

E olhe lá, porque o Brasil é bom negócio.

Mas, para isso, o Governo deve abandonar a ?síndrome do molambo?, esta sua compulsão irresistível de remendar situações e assumir claramente suas metas.

Assumir e fazê-las factíveis, porque prometer, como se fez, superávit de 1,2% do PIB e, ao mesmo tempo, eliminar qualquer possibilidade de obtê-lo por forçar durante seis meses uma ?aceleração da recessão?, com sucessivos aumentos da taxa de juros, é algo incompreensível.

O Brasil vei se reequilibrar andando, e esse deve ser o esforço. Não irá, porém, fazê-lo parando."


FONTE: escrito por Fernando Brito, no seu blog "Tijolaço". Transcrito no site "Patria Latina"  (http://www.patrialatina.com.br/editorias.php?idprog=28557060cef0f58b8d918a2f8eac053f&cod=15776).



loading...

- O Bacen E A Política De Juros Incompatível Com A Lógica Econômica
JOSE RENATO O. SAMPAIO LIMASEX, 22/05/2015 - 08:41ATUALIZADO EM 22/05/2015 - 09:57Por Jose Renato O. Sampaio Lima Em  Janeiro/1999,  durante aproximadamente 40 dias, o BACEN ficou simultaneamente com  4 (quatro) presidentes: Gustavo...

- O Caos Nas Contas Públicas Do Paraná, Por Victor Hugo Agudo Romão
SEX, 20/02/2015 - 18:38Victor Hugo Agudo RomãoO Caos nas contas públicas do Paranápor Victor Hugo Agudo RomãoAnalisar as contas públicas do Estado do Paraná é uma experiência assustadora para qualquer economista. Não pela complexidade dos dados,...

- Estabilidade Monetária: A Fraude Dos Dogmas
Deixe um comentárioPor Paulo Rubem Santiago | Via Carta MaiorSob pressão dos bancos, consultorias financeiras, agências internacionais de classificação de risco (risco para quem e em relação a que?) e da mídia econômica, a Presidenta reeleita...

- DÍvida LÍquida Subiu A 60,38% No Governo Fhc/psdb, Mas Caiu A 34,57% Com Lula/dilma
FHC passou o governo para Lula com 60,38% de dívida pública Depois de sustos ao longo [da gestão tucana] do Plano Real, dívida pública está sob controle Por Wellton Máximo, repórter da Agência Brasil (edição: Lílian Beraldo)  "O que...

- É A Estrutura, Enroladores!
[*] Adriano Benayon - 26.01.2014 Economistas escrevem copiosos e longos artigos sobre o quanto a taxa de câmbio do real, valorizada, prejudica a indústria local e contribui para a crise das contas externas apontada pelo déficit recorde nas transações...



Curiosidades








.