O telescópio Hubble, que este ano completa 25 anos em órbita, registou novas imagens de dois conhecidos corpos celestes. Revisitando uma das suas fotos mais antigas e mais famosas, o telescópio captou uma nova visão da Nebulosa da Águia que mostra os seus «Pilares da Criação» com mais detalhes do que nunca.
E uma montagem com 13 mil fotos da nossa vizinha galáxia de Andrómeda tornou-se a maior imagem já feita pelo telescópio.
Ambas as imagens foram reveladas em Seattle, numa reunião da Sociedade Astronómica Americana.
Paul Scowen, da Arizona State University, descreveu as fotos da Nebulosa da Águia como «novas imagens de uma velha amiga».
A imagem original, feita em 1995, dos pilares de formação estelar de nuvens de poeira e gás causou espanto e, desde então, tem aparecido em inúmeras capas de livros, nos cinemas e em t-shirts.
Graças a melhorias nos sistemas do Hubble, a nova representação tem um ângulo mais aberto e uma resolução duas vezes maior que a da foto original.
Também permite que astrónomos como Scowen vejam o que mudou em 20 anos - apesar de todas as mudanças terem realmente ocorrido há sete mil anos, por causa da distância.
Scowen e a sua equipa só tiveram algumas semanas para analisar as imagens, mas ele diz que já é possível perceber que «sim, algumas coisas mudaram» - incluindo as pontas dos jactos a explodir do lado dos pilares de cinco anos-luz de altura.
Esses jactos tornam-se «placas de sinalização, apontando para onde as estrelas foram feitas», disse.
O segundo lançamento impressionante é conhecido como a Panchromatic Hubble Andromeda Treasury ou PHAT.
Retrata a Galáxia de Andrómeda, o grande vizinho da nossa Via Láctea, a um nível recorde de detalhe.
Julianne Dalcanton, da Universidade de Washington, explicou que Andrómeda é provavelmente maior do que a Via Láctea e ocupa mais do céu do que a Lua.
Foram 39 meses para reunir milhares de imagens, em três diferentes comprimentos de onda de luz, que juntos mostram uma grande varredura da galáxia em forma de panqueca a cerca de dois milhões de anos-luz de distância.
É importante sublinhar que as imagens têm resolução nítida o suficiente para retratar individualmente muitas das 100 milhões de estrelas captadas na imagem.
«A imagem é muito boa, mas a glória é que podemos fazer zoom», disse Dalcanton.
Assim como as estrelas individuais, a grande imagem promete um tesouro feito de nuvens de poeira, aglomerados de estrelas, regiões de formação de estrelas e muito mais - para os astrónomos procurarem insights sobre como as galáxias se formam e se transformam.
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