EUA declararam guerra à democracia
Curiosidades

EUA declararam guerra à democracia




Kevin Barrett,* Press TV, Irã - Tradução: Vila Vudu

Desde os dias do presidente Woodrow Wilson ? quer dizer, por quase 100 anos ? os EUA têm estado empenhados numa cruzada à sua própria moda, para ?tornar o mundo seguro para a democracia?.

Guerras colossais, quentes e frias, combatidas contra kaisers e fuhrers alemães, contra comunistas russos e contra nacionalistas no Terceiro Mundo. E em todos os casos o povo norte-americano ouviu que estariam ?defendendo a democracia?.
Os norte-americanos massacraram 3,5 milhões de vietnamitas, e quase mais outro milhão de cambodianos, para ?defender a democracia? no sudeste da Ásia.
Assassinaram milhões de iraquianos com guerras e sanções para ?defender a democracia? no Oriente Médio.
Segundo André Vltchek e Noam Chomsky em seu livro On Western Terrorism, o governo dos EUA já assassinou algo entre 55 e 60 milhões de pessoas desde o fim da 2ª Guerra Mundial, em guerras e intervenções por todo o mundo. Se se acredita no que dizem os propagandistas do império, esse holocausto promovido pelos norte-americanos teria sido grande defesa da democracia.
Mas o que se vê hoje, às vésperas da a 1ª Guerra Mundial completar o 100º aniversário, é que os EUA já embarcaram em nova cruzada ? dessa vez para tornar o mundo ainda mais INSEGURO para a democracia.
Na Ucrânia, na Venezuela e na Tailândia, os EUA estão gastando bilhões de dólares para derrubar ? inconstitucionalissimamente ? governos democraticamente eleitos.
Na Palestina, os EUA estão tentando derrubar o governo democraticamente eleito do Hamás desde o dia em que chegou ao poder.
No Egito, os EUA ? por pressão dos sionistas ? derrubou recentemente o único governo jamais eleito democraticamente no país, em 5 mil anos de história documentada.
Na Síria, os EUA insistem que o povo sírio não teve ter a oportunidade e os meios democráticos para reeleger democraticamente Assad, e não importa quantos observadores internacionais estejam presentes para comprovar que as eleições são livres e limpas.
E na Turquia, os EUA só fazem minar o governo democraticamente eleito do primeiro-ministro Erdogan, favorecendo Fethullah Gulen ? o fantoche que a CIA quer ?eleger? lá.
Considerando o longo prazo, os EUA trabalham incansavelmente para destruir a democracia no Irã, na Rússia e na América Latina.

Por que, diabos, o governo dos EUA odeia a democracia?
Porque os banqueiros internacionais que são proprietários do governo dos EUA e comandam o império norte-americano nem sempre podem comprar votos em quantidade suficiente para impor o desejo deles a um país inteiro. Assim sendo, a democracia é ótima ? desde que os eleitores elejam o candidato da Nova Ordem Mundial. Mas se acontece de os eleitores votarem em candidato que não convém aos oligarcas... Preparem-se, que aí vem golpe!
Os banqueiros derrubarão qualquer governo que se oponha a eles ? mesmo nos EUA. O ?término com detrimento extremo? [orig. termination with extreme prejudice] da presidência de John F. Kennedy foi mensagem clara enviada a todos os futuros presidentes dos EUA.
Mayer Rothschild disse, em frase que ganhou fama, que ?Deem-me o controle sobre o dinheiro do país e pouco me importa quem escreva as leis.? Exagero, é claro. Os banqueiros da Nova Ordem Mundial gastam muito dinheiro para derrubar governos democraticamente eleitos por todo o mundo, precisamente porque eles se importam, sim, E MUITO, com quem escreva e faça cumprir a lei.
Agora, os banqueiros da Nova Ordem Mundial estão destruindo a Ucrânia em movimento geoestratégico contra a Rússia, onde Putin impôs rédea curta aos oligarcas russo-sionistas e meteu uma pedra no caminho do projeto de governança mundial dos banqueiros. Sim, o presidente Yanukovich da Ucrânia venceu eleições livres e justas. Mas a democracia nada significa para os faraós psicóticos da grande finança e seus pistoleiros neoconservadores alugados.
Os banqueiros (e os governos ocidentais que eles controlam) estão também tentando derrubar o presidente Nicolas Maduro da Venezuela, que chegou ao poder, pelas urnas, depois que a CIA assassinou o presidente Hugo Chávez. O presidente Maduro superou todos os esforços que os banqueiros empreenderam para derrotá-lo nas eleições do ano passada; agora, é o presidente democraticamente eleito da Venezuela. Nada disso impediu os banqueiros de tentarem derrubá-lo com um golpe pseudo populista.
Na Tailândia, os banqueiros e seus cleptocratas locais estão tentando derrubar o governo democraticamente eleito da primeira-ministra Shinawatra. Aparentemente, os esforços de Shinawatra para garantir educação e assistência à saúde públicas aos cidadãos, e infraestrutura, e um salário mínimo, ofendeu os oligarcas.
Na Ucrânia, na Venezuela, na Tailândia, como antes na Síria e no Egito, os banqueiros está acrescentando violência ao seu joguinho de ?revoluções? ?coloridas?, o plano que conceberam para destruir a democracia. Parece incoerente, porque o intelectual-pau-mandado da Nova Ordem Mundial, Gene Sharp, chamado ?o Maquiavel da não violência?, pregava que as ?revoluções? ?coloridas? originais sempre seriam levantes pacíficos e democráticos.
Mas as chamadas ?revoluções coloridas? inventadas por Sharp, a começar pela Revolução Rosa, na Geórgia, em 2003 e pela Revolução Laranja, na Ucrânia, em 2004, jamais foram genuínas revoluções do povo. Foram tentativas de golpe, orquestradas pelos banqueiros, e desde o primeiro momento. George Soros cuidaria de encaminhar o dinheiro dos Rothschild para o bolso de apparatchiks sedentos de poder, que inundariam seus países-alvos com propaganda e alugariam paus-mandados para vestirem camisetas de uma ou outra cor, posarem para as imagens de jornais e televisões e fazerem-se, eles mesmos, de ?o espetáculo?, na esperança de, assim, seduzir jovens tolos (ou arrogantes) ou ingênuos para que se unam à ?revolução? ? cujo objetivo real é sempre instalar no poder um fantoche da Nova Ordem Mundial.
Mas agora, até a falsidade da não violência já desapareceu. A máscara risonha de Mickey Mouse da Nova Ordem Mundial caiu, revelando a bocarra sedenta de sangue dos banqueiros satânicos, empenhados em impor ao mundo uma só grande ditadura orwelliana.
Na Síria, o ?levante pacífico? de março de 2011 tornou-se pretexto para mandar para lá bandidos e terroristas pesadamente armados, com a missão de desestabilizar o país. No Egito, o ?levante? gerado pelos banqueiros no verão passada virou desculpa fabricada para um violento golpe de Estado. Na Tailândia, Venezuela e Ucrânia, os banqueiros pagam torcidas organizadas para encenar protestos violentos, destruir propriedade pública, combater contra a polícia e incitar cada vez mais violência ? na expectativa de, assim, conseguir derrubar governos democraticamente eleitos.


Isso é puro fascismo.
O fascismo é falsamente ?das massas?. Sempre há fascistas fantasiados de ?revolucionários?, pagos para usar uniformes de uma ou outra cor, marchar em passo-de-ganso pelas praças, derrubar governos democraticamente eleitos... e pôr no poder uma ditadura velada dos mais ricos, na qual se misturam o poder das empresas e o poder do estado/governo.
Foi o que fez Mussolini em 1922. Foi o que fez Hitler em 1933. E é o que os neoliberais neoconservadores e seus patrocinadores banqueiros estão fazendo hoje... por todo o mundo. O incêndio do Reichstag de 11/9, que pôs a única superpotência na direção do total fascismo, foi o tiro que desencadeou a avalanche.
Objetivo da jogatina: uma ditadura fascista global, que faria o 3º Reich parecer piquenique no parque.
Só há um meio para derrotar esses monstros. Todas as grandes fortunas, a começar pelos tesouros de trilhões de dólares das hordas de Rothschilds e amigos, têm de ser confiscadas e devolvidas aos cofres públicos. Todos os grandes bancos têm de ser estatizados e suas operações terão de ser tornadas absoluta e completamente transparentes. Todas as maiores empresas, a começar pelas empresas proprietárias dos veículos da chamada ?grande? imprensa têm de ser estatizadas, em seguida partidas em várias pequenas empresas regidas por legislação antitruste.
Essa revolução ? para derrubar a oligarquia global ? é a única revolução que realmente importa. ****

* Kevin Barrett, arabista-islamologista pós-graduado, é um dos principais críticos norte-americanos da Guerra ao Terror. Barrett é co-fundador da Aliança Muçulmano-Judaico-Cristã e autor dos livros Truth Jihad: My Epic Struggle Against the 9/11 Big Lie (2007) e Questioning the War on Terror: A Primer for Obama Voters (2009). Publica também em sua página em www.truthjihad.com.



loading...

- John Pilger: Eua Caçam Guerra Mundial No Entorno Da Rússia
publicado em 8 de junho de 2014 às 18:43 22/05/2014 ? Copyleft Uma guerra mundial se aproxima Com os postos avançados da OTAN localizados no Leste Europeu e nos Bálcãs, o último amortecedor que faz fronteira com a Rússia está sendo dividido....

- Eua Querem Terceira Guerra Mundial Porque Seus Grandes Bancos Estão Insolventes: Henderson
Um autor e colunista americano diz que os Estados Unidos querem iniciar uma terceira guerra mundial, porque a maioria de seus grandes bancos estão insolventes.Dean Henderson com os Veteranos Hoje fez as declarações em uma entrevista por telefone...

- Uma Guerra Mundial Se Aproxima
Com os postos avançados da OTAN localizados no Leste Europeu e nos Bálcãs, o último amortecedor que faz fronteira com a Rússia está sendo dividido. John Pilger - CounterPunch Porque toleramos a ameaça de uma nova Guerra Mundial? Porque permitimos...

- Os Estados Unidos Contra A Venezuela
Não é ficção científica ou filme de Hollywood. Tampouco se trata de paranoia conspirativa da Guerra Fria. Hoje, os Estados Unidos manifestam categoricamente sua intenção de acabar com o governo venezuelano. A democracia que não vota no candidato...

- Como O Ocidente Fabrica Movimentos De Oposição
Andre Vltchek, Counterpunch.?Tudo isso está acontecendo, em diferentes tonalidades e com diferentes graus de brutalidade, na Tailândia, China, Egito, Síria, Ucrânia, Venezuela, Bolívia, Brasil, Zimbábue e em vários outros pontos, em todo...



Curiosidades








.