A veneração, o culto ao divino

   A veneração e culto a um Deus ou Deuses vem dos primórdios, quando o homem sente a necessidade de explicar através de mitos os fenômenos naturais, desse ponto é possível analisar alguns mitos de alguns panteões como uma explicação para um determinado aspecto e um Deus condizente a esse fenômeno, um exemplo claro é de Zeus do panteão grego, ele era o Deus dos Deuses, o Poderoso Deus do Olimpo ou Olímpio que tinha a função de coordenar tudo, esse Deus era a divindade relacionada ao criador do céu e o Deus dos raios e trovões, só ele poderia segurar um raio nas mãos sem ser atingido, sem ser prejudicado, Zeus é o Deus que representa o céu, portando até as tempestades.

   Crer em um ser superior é tão natural quanto a própria vivência do homem, tudo na vida deste tem mistérios que ele mesmo não pode desvendar, não pode descobrir porque está além da sua compreensão. O interessante a ser observado e analisado criticamente é que até hoje vivemos cercados de mitologia, explicar aquilo que não se entende ou aquilo que não tem resposta comprovada, tudo isso é função do mito. É muito questionada a questão: "Se o homem criou o mito para explicar os fenômenos naturais dos quais não tinha conhecimento, então esse mesmo homem criou Deus", mas é como questionar quem nasceu primeiro, se foi o ovo ou a galinha. A crença está ligada não aos fatos concretos, mas na crendice, na ideia de um por que aquilo ocorreu, ocorre ou vai ocorrer. A religião já traz a crença envolta numa questão social, onde um grupo precisa estar diretamente ligado a uma instituição e a este grupo, pra enfim estar ligado ao divino. Isso ocorre porque quando o ser humano quer se ligar a algo ele precisa manter isso, é portanto, mais fácil para ele manter essa responsabilidade quando ele está ligado ou "preso", surgem então as instituições que presam por essa responsabilidade de manter o culto, a devoção e veneração.
   Talvez essa ideia de religião e crença serem distintas no meu ponto de vista, possam trazer a vocês a sensação de uma impossibilidade na separação de ambos os termos ou práticas porque somos conduzidos desde sempre a entender que crer é ter uma religião e vice e versa.


   O que quero trazer sobre isso é que, aprendi a separar ambas as coisas pela própria vivência da crença propriamente dita, separando-me inteiramente de religião. É claro que isso não é feito de um dia para o outro, pois passar a acreditar em algo quando se tem a ideia visual sobre outra específica é um choque: "Por qual motivo acredito neste Deus com determinadas características e vejo-o de outra forma?", exemplo. A religião é envolta por hábitos e costumes culturais, conjunto de princípios, doutrinas, seguidores de uma mesma grupo/comunidade moral. Enquanto que ao meu ponto de vista a crença está envolta a  hábitos costumes culturais assim como a religião mas não está ligada a ela de forma absoluta, é também conjunto de crendices ("Creio que" ou "Penso que"), ter fé em algo, acreditar em algo que se é pensado ou refletido, pensar, analisar, entender, conhecer, busca de entendimento. Resumidamente, é mais um conceito de ideias do que o seguimento de uma doutrina.

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