Nióbio: a maior riqueza dos Moreira Salles, não do Brasil?
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Nióbio: a maior riqueza dos Moreira Salles, não do Brasil?



 
 
 
 
 
 
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**Por que o preço do nióbio (90% do nióbio do mundo é brasileiro) é decidido em Londres e não no Brasil? 
* Royalties para o povo brasileiro, a exemplo, do Petróleo.
*Por que as universidades brasileiras não pesquisam novos  usos do nióbio, agregando valor, para exportação?
Encontrei isto sobre as pesquisas, porque o governo e empresários não se animam?  
Por que o CBMM não quer o marco regulatório?
Por que dizem que aumentar o preço do nióbio não deve ser aumentado com o argumento de que ?há substitutos mais baratos? e com isso inviabilizaria a exportação?
Leitura relacionada:
A caixa preta do Nióbio
Nióbio, metal estratégico 
Brasil Privatizado ? Aloysio Biondi 
Gênese da Ditadura ? Golpe dos empresários 
**************
Para justificar seus interesses monopolistas, o representante dos Moreira Salles chegou a declarar que o nióbio não é um metal raro. Por que então o Brasil concentra mais de 90% da exportação mundial deste mineral estratégico? A razão disso, segundo o Presidente da CBMM seria que os outros países não dispõem de tecnologia para processar com qualidade essa matéria prima. Você acredita nisso? E o mais curioso é que a empresa se orgulha de concentrar, sozinha, 80% da exportação mundial, como se monopólio agora fosse uma virtude! E ao mesmo tempo, a matéria do Estadão afirma que o Brasil concentra 98% das reservas mundiais do Nióbio. Que trapalhada hein? 
Veja na sequência: 
1. Resumo da palestra do Adriano Benayon, da última 4a. feira 
2. Matéria de hoje do Estadão bajulando a empresa monopolista 
3. Matéria de hoje do Estadão sobre a discussão no Congresso
1. NIÓBIO ? PALESTRA de ADRIANO BENAYON
DE 30.10.2013 na audiência pública da Câmara dos Deputados.
As chapas de ferro-nióbio são o principal dos produtos do nióbio nas exportações brasileiras, tendo totalizado US$ 4,8 bilhões, de 1996 a 2013, i.é., somando-se todos esses dezoito anos.
Em 1996 o montante era de somente US$ 152,7 milhões.  Em 2012,  a quantidade exportada foi quatro vezes maior que então, e o preço unitário,  quase três vezes maior. Assim, o valor exportado multiplicou-se por doze, chegando a US$ 1,8 bilhão.
Além de certamente haver muita exportação não declarada, portanto, descaminho, o mercado é muito fechado, estando concentrado em poucas empresas importadoras e pouquíssimas empresas  exportadoras. São transações entre empresas dos mesmos grupos ou entre grupos associados.
O preço seria muito mais alto, se houvesse mercados abertos com algum tipo de  concorrência, o que até pode existir dentro dos países importadores, por parte de indústrias que utilizam as chapas de ferro-nióbio e o óxido de nióbio nos bens que fabricam. Mas isso não afeta os preços do comércio exterior.
A Bolsa de Metais de Londres não informa sobre negociações com o nióbio. Muitas fontes dizem que o nióbio não é negociado nessa bolsa nem em outras.
Encontrei na internet notícia recente, 6 de setembro último,  da Bolsa de Metais de Bejing (Pekim) nestes termos: ?Os preços do nióbio metálico a 99,9% de pureza permanecem estáveis em 115 a 120 dólares por quilo, na Comunidade de Estados Independentes (Russia, Ucrânia e outros).

Guardei também uma cotação, de 22.02.2011, encontrada no sítio eletrônico ?chemicool.com/elements/niobium?, de nióbio puro (óxido de nióbio), a US$ 18,00 por 100g, ou seja, US$ 180 por quilo.  Além disso, outra do mesmo  ano, em que a barra de nióbio era cotada a U$ 315,79/quilo.

2. Nióbio: a maior riqueza dos Moreira Salles

A produtora de nióbio CBMM é avaliada em US$ 13 bilhões, com reservas para 200 anos

04 de novembro de 2013 | 11h 37 ? Esttadão
ARAXÁ (MG) ? A mina de nióbio ? que é misturado ao aço para uso na fabricação de automóveis, estruturas, gasodutos e turbinas ? era só promessa e esperança em 1965, quando o embaixador e banqueiro Walter Moreira Salles se associou à companhia de mineração Molycorp, para produzir o metal em Araxá, no Triângulo Mineiro. Deu esse passo a convite de um amigo, o almirante Arthur Radford, que presidia o conselho da empresa americana. Tornou-se sócio majoritário, com 55% do capital e mais tarde passou a ser o único dono, ao comprar os 45% restantes.
Assim nasceu a Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração (CBMM), hoje propriedade dos herdeiros ? Fernando, Pedro , João e Walter ? os quatro filhos que tocam o negócio, avaliado em US$ 13 bilhões, a maior fatia da fortuna da família. Os Moreira Salles são sócios também do Itaú Unibanco, no qual detêm 33,5% ou US$ 7,1 bilhões. O valor da CBMM é estimado com base da venda de 30% da empresa para consórcios de Japão-Coréia do Sul (15%) e China (15%), por US$ 3,9 bilhões, em 2011.
?Exploramos a mina, processamos o minério, produzimos o nióbio e criamos o mercado?, diz o presidente da CBMM, engenheiro metalúrgico Tadeu Carneiro, resumindo as 15 etapas de tecnologia avançada desenvolvida em 50 anos. Resultado: a companhia dos Moreira Salles vende hoje 80% do nióbio do mundo. No Brasil, onde estão 98% das reservas conhecidas do metal, só existe outra mineradora, a Catalão, em Goiás, da britânica Anglo-American, com produção de 8%.
A CBMM, com faturamento de R$ 4 bilhões, tem cerca de 2 mil empregados, aos quais está pagando este ano 8,5 salários como participação nos lucros ? ou seja, 21,5 salários em 2013 para todo o seu pessoal, da escavação da mina à direção geral. O menor salário na companhia é de R$ 2.950. Do lucro líquido, 25% vão para os cofres de e Minas Gerais ? são cerca de R$ 750 milhões que o Estado embolsa este ano. Os impostos federais somam R$ 800 milhões.
As instalações estão em Araxá, onde um complexo industrial em fase de expansão recebe o minério em esteiras mecânicas e embala o ferro-nióbio para os clientes. ?Daqui não sai um grão de minério, mas só o nióbio?, informa Carneiro, apontando o produto industrializado, que deixa Araxá em cilindros, sacas e latões. São mais de 400 clientes, de 60 países, incluindo o Brasil. A CBMM despacha 70 toneladas por dia, em comboios de seis a oito caminhões, que viajam com escolta armada. As exportações são feitas pelo porto do Rio. Já houve roubo de carga, supostamente desviada por encomenda.
O nióbio tem endereço certo: 90% dele vão para o aço, com o qual é misturado na proporção de 400 gramas por tonelada. Os carros, estruturas e gasodutos fabricados com essa mescla ficam mais leves e resistentes. O metal é empregado ainda em muitos outros produtos, como turbinas de aviões e turbinas estacionárias, lentes óticas, relógios e tomógrafos. O ferro-nióbio é vendido a US$ 41 o quilo.
A companhia de Araxá tem reserva estimada de 829 milhões de toneladas, de acordo com as prospecções de 2000, quando mais 300 furos se somaram aos 71 feitos até então na mina a céu aberto, que tem diâmetro de 4,5 quilômetros quadrados. Na base da mineração atual, de 70 mil toneladas/ano ? 65% de ferro-nióbio e 5% de outros produtos, incluindo 200 toneladas de nióbio metálico ? a reserva deve durar de 150 a 200 anos. O prazo de concessão, por tempo indeterminado, não será alterado pelo novo Código de Mineração, de acordo com o projeto de lei do Planalto. Só o Brasil explora e comercializa o nióbio em tamanha quantidade (o Canadá tem produção mínima) e com bom domínio da tecnologia.
?O nióbio não é raro, pois existem 300 jazidas semelhantes às de Araxá em vários países, entre eles Gabão, Rússia e Austrália, além do Canadá?, diz Carneiro. A vantagem do Brasil e da CBMM é o domínio de uma tecnologia avançada para produzir o metal e outros elementos agregados. As reservas russas ficam na Sibéria, onde a dificuldade da exploração no inverno exigiria a transferência do minério para usinas distantes. Os Estados Unidos, que têm reservas no Nebraska, não produzem nióbio e importam 10 mil toneladas da CBMM por ano.
A China, que produz 700 milhões de toneladas, do total de 1,4 bilhão de toneladas do aço do mundo, interessou-se pela compra de 15% das ações da CBMM para garantir o abastecimento de nióbio. Quanto ao consórcio nipo-coreano, que também comprou 15% das ações, o interesse foi pela tecnologia. É possível que os Estados Unidos, a China e países europeus desenvolvam a tecnologia ou busquem alternativas para o nióbio nos próximos anos, criando concorrência para as empresas brasileiras.
?Estamos investindo R$ 1 bilhão na expansão de Araxá, para aumentar nossa capacidade de produção, de 90 mil para 150 mil toneladas, até 2015?, informa Carneiro, acrescentando que a preocupação é não deixar faltar nióbio no mercado. Como existe potencial, a CBMM continua lutando pelo mercado, sempre tentando convencer os produtores de aço a usar o metal. ?Não existe siderúrgica no mundo que não conheça a gente?, garante.
3. Nióbio é tema de discussão no Congresso
04 de novembro de 2013
José Maria Mayrink ? O Estado de S.Paulo
O deputado Edio Lopes (PMDB-RR) cobrou, em audiência pública da Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara, na quarta-feira passada, uma política definida do governo para a exploração e comercialização do nióbio no Brasil. Ele questionou a política de preço para o metal, alegando que o nióbio tem uma cotação aviltada, em comparação com o aço e o ouro.
?Não vou culpar as empresas brasileiras, cujo objetivo é o lucro, e só tenho elogios para a alta tecnologia da Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração, mas não posso admitir que o País tenha só duas ou três exploradoras de nióbio?, disse o deputado. Ele acusou a CBMM de aviltar os preços, por meio de suas subsidiárias no exterior. ?A CBMM vende para ela mesma e baixa os preços?, disse ao Estado.
O presidente da companhia, Tadeu Carneiro, que compareceu à audiência, negou que a cotação do nióbio tenha despencado, a partir de 2009, como afirmou o deputado. ?Ao contrário, o preço do nióbio, vendido a US$ 41 o quilo, mantém-se estável?, observou. Carneiro disse que Lopes está equivocado, ao afirmar que o nióbio é cotado a US$ 27 o quilo. O deputado propõe que o metal seja negociado na Bolsa de Valores.



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