Malleus Maleficarum
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Malleus Maleficarum


     

   O Malleus Maleficarum ou "Martelo das Bruxas", como é conhecido, é um livro do século XV que traz em geral um resumo bem detalhado de maneiras ou métodos de descobrir quem praticava bruxaria. Era uma espécie de manual de como reconhecer uma bruxa, como fazê-la confessar seus "crimes" de heresia e práticas religiosas anti-cristãs (julgada como satanismo). O Malleus Maleficarum foi amplamente utilizado pelos inquisidores por aproximadamente duzentos e cinqüenta anos, até o fim da Santa Inquisição, e servia para identificar bruxas e os malefícios causados por elas, além dos procedimentos legais para acusá-las e condená-las ou seja demonstrava como inquiri-las e condená-las. O Malleus Maleficarum foi provavelmente um livro de grande poder, seguindo o sistema inquisitório e atribuindo à tais práticas de condenação ainda mais informações, errôneas e injustas. É provável também que esta obra tenha sido utilizada como uma forma real de tirar o feminismo ou a ideologia do Sagrado feminino, uma vez que o monoteísmo era presente, pregando a palavra de um Ser superior do sexo masculino e que só o homem poderia portar tais papéis sociais e tal importância social diante das civilizações, é possível que tenha sido uma espécie de golpe contra a ideia da mulher no poder, no governo e livre, afinal, o paganismo traz essa essência da importância da mulher e também da sua liberdade sexual e poder, enquanto que o monoteísmo pregava a abominação do papel feminino e a castração desta mulher quando ela não teria capacidade ou como se não tivesse capacidade de portar voz, uma vez que ela ocuparia papéis de poder dentro da sociedade.
"Bruxas são um sinal do apocalipse: "Antes do dia do julgamento, todas serão igualmente lançadas ao inferno.", Malleus Maçeficarum, p.27B

    É interessante observar que a grande maioria das acusações eram feitas à mulheres, em suma, curandeiras, parteiras, mulheres pobres e outras, mulheres que trazem o conhecimento do lar e das artes diversas e de métodos naturais como a medicina com ervas, por exemplo. Isso leva a crer que a ideia de que a mulher portava grande sabedoria sobre saúde e cura ela poderia também portar o "poder" de fazer mal à alguém. São ideias tiradas do fato inconsciente da obra, expressões não provadas e nem polemizadas, mas que estão presentes nos dias atuais conforme segue a violência contra a mulher, a ideologia da submissão feminina, a castração da mesma e a privação de sua sexualidade, abominação de sua forma de protesto e voz e da descrença no seu potencial, que não vem de hoje, pois é um conceito formado a tempos atrás por uma ideologia religiosa com força e poder de manipulação de massa.
"As teses centrais do Malleus Maleficarum fundamentaram-se na idéia de que o demônio, sob a permissão de Deus, procura fazer o máximo de mal aos homens para apropriar-se de suas almas. Este mal é feito prioritariamente através do corpo, único canal em que o demônio pode predominar. A influência demo- níaca é feita através do controle da sexualidade, e por ela, o demônio se apropria primeiramente do corpo e depois da alma do homem. Segundo o livro, as mulheres são o maior canal de ação demoníaca."
Para ler o Malleus Maleficarum traduzido em português: https://saravea.net/

"...certas mulheres abandonadas que dançam ao redor de Satã, 
sendo seduzidas por ilusões de fantasmas e demônios, e acreditam e professam 
abertamente, que nas horas mortas da noite, cavalgam em algum tipo de besta com a 
deusa pagã Diana e inúmeras hordas de mulheres, e que nestas silenciosas horas, 
galopam por vastas áreas de seu país, obedecendo seu amante, enquanto que em 
outras noites, saem sozinhas a pagar-lhe homenagem...", "... nós inquirimos em seguida 
a respeito de determinados tipos ímpios que crêem e professam que durante à noite 
passeiam com Diana, a deusa pagã, ou então com Herodias, e um anfitrião de 
inúmeras mulheres, mediante certos animais, e que, em silêncio no morto da noite elas 
passeiam por imensas distâncias, obedecendo os comandos de seu amante...", Malleus Maleficarum.



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