Dois de Julho! Data verdadeira da Independência do Brasil
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Dois de Julho! Data verdadeira da Independência do Brasil


E viva o Dois de Julho! Data verdadeira da Independência do Brasil 
Paulistas e machistas, tremei!
A história do Brasil está mesmo muito mal contada, isto é, contada pelos poderosos, que atribuiram a si os méritos e esconderam os fatos e façanhas de que não participaram.
A independência do Brasil foi conquistada na Bahia, em Salvador, no dia 2 de julho de 1823, quando as tropas brasileiras, a comando do General José Joaquim de Lima e Silva, venceram e puzeram em fuga, pelo mar, o exército e a marinha portugueses, a comando de Madeira de Mello. Em sete de setembro de 1822, em São Paulo, teria ocorrido o anúncio de intenção de Dom Pedro I - talvez. Tomei conhecimento deste fato ontem ao falar por telefone com o Conselheiro de Cultura da Bahia, meu amigo e professor Araken Vaz Galvão, a partir do que fiz uma rápida pesquisa na internet para poder publicar e assim avisar a tempo os incautos brasileiros da verdadeira data da Independência do Brasil, que é amanhã, segunda-feira, dois de julho.
Os machistas devem tremer porque há três heroínas notórias nesta parte da verdadeira história do Brasil, representando e resgatando parte da história de milhares de outras que também lutaram bravamente.
Uma foi a "mártir da Independência" Abadessa do Convento da Lapa, em Salvador, Sóror JOANNA ANGÉLICA DE JESUS, nascida em 12 de dezembro de 1761 e morta pelas baionetas dos portugueses em 19 de fevereiro de 1822, ao tentar impedir que invadissem o convento à caça de revoltosos brasileiros. Saiba mais sobre Joanna Angélica de Jesus aqui, aqui e aqui. 
Outra foi "O SOLDADO MEDEIROS"
"Tendo o velho Gonçalo, viúvo, sem filho varão, se escusado a colaborar, para a sua surpresa, a filha MARIA QUITÉRIA DE JESUS, pediu-lhe autorização para se alistar. Tendo o pedido negado pelo pai, fugiu, dirigindo-se a casa de sua meia-irmã, Teresa Maria, casada com José Cordeiro de Medeiros e, com o auxílio de ambos, cortou os cabelos. Vestindo-se como um homem, dirigiu-se à vila de Cachoeira, onde se alistou sob o nome de Medeiros, no Regimento de Artilharia, onde permaneceu até ser descoberta pelo pai, duas semanas mais tarde. Defendida pelo Major José Antônio da Silva Castro (avô do poeta Castro Alves), comandante do Batalhão dos Voluntários do Príncipe (popularmente apelidado de "Batalhão dos Periquitos", devido aos punhos e gola de cor verde de seu uniforme), foi incorporada a esta tropa, em virtude de sua facilidade no manejo das armas e de sua reconhecida disciplina militar. Aqui, ao seu uniforme, foi acrescentado um saiote à escocesa. A 29 de outubro seguiu com o seu Batalhão para participar da defesa da ilha de Maré e, logo depois, para Conceição, Pituba e Itapoã, integrando a Primeira Divisão de Direita. Em fevereiro de 1823, participou com bravura do combate da Pituba, quando atacou uma trincheira inimiga, onde fez vários prisioneiros portugueses (dois, segundo alguns autores), escoltando-os, sozinha, ao acampamento. Em 31 de março, no posto de Cadete, recebeu, por ordem do Conselho Interino da Província, uma espada e seus acessórios. Finalmente, a 2 de julho de 1823, quando o "Exército Libertador" entrou em triunfo na cidade do Salvador, Maria Quitéria foi saudada e homenageada pela população em festa. O governo da Província dera-lhe o direito de portar espada. Na condição de Cadete, envergava uniforme de cor azul, com saiote por ela elaborado, além de capacete com penacho." Fonte: Wikipédia. 
E, possivelmente a mais efetiva, autora de grandes e bravos feitos, com maiores sucessos que as duas anteriores, MARIA FELIPA DE OLIVEIRA,
"descrita como uma negra alta e audaz que, sendo uma forte liderança em sua comunidade, tornou-se fundamental na organização da resistência insular. Liderando um grupo de mulheres e homens de diferentes classes e etnias, a Heroína Negra da Independência, como é conhecida, organizou o envio de mantimentos para o Recôncavo, como também as chamadas ?vedetas? que eram vigias nas praias para prevenir o desembarque de tropas inimigas, além de participar ativamente de vários conflitos. Durante as batalhas seu grupo ajudou a incendiar várias embarcações: a Canhoneira Dez de Fevereiro, em 1º de outubro de 1822, na praia de Manguinhos; a Barca Constituição, em 12 de outubro de 1822, na Praia do Convento; em 7 de janeiro de 1823 liderou aproximadamente 40 mulheres na defesa das praias. Armadas com peixeiras e galhos de cansanção surravam os portugueses para depois atear fogo aos barcos usando tochas feitas de palha de coco e chumbo. 
Após a independência Maria Felipa ainda manteve suas posições de desafio ao status quo e as reivindicações da população; na primeira cerimônia de hasteamento da bandeira nacional na Fortaleza de São Lourenço em Ponta das Baleias, Felipa e seu grupo do qual são conhecidas Joana Soaleira, Brígida do Vale e Marcolina, invadem a Armação de Pesca de Araújo Mendes, português abastado, e surram o vigia Guimarães das Uvas, evidenciando que as lutas da população itaparicana não haviam terminado e demonstrando a hostilidade que havia entre a população brasileira, principalmente negra e mulata ? chamada de ?cabras? ? e os lusitanos que resultavam em conflitos denominados mata marotos. Neste episodio a multidão sai cantando pelas ruas: ?havemos de comer marotos com pão, dar-lhes uma surra de bem cansanção, fazer as marotas morrer de paixão? (MARQUES, 1921, p. 236). 
O Imparcial 02.07.1939 - Maria Felipa de Oliveira é uma representação de como a comunidade itaparicana encara sua participação na Guerra de Independência. Seu caráter popular e aguerrido, suas atividades laborais ? marisqueiras, no comércio de baleias, ganhadeira ? sua identidade étnico-social ? negra e pobre ? fazem dela uma Heroína que agrega em si as características de um grupo que teve uma participação significativa no processo de libertação da Bahia (e do Brasil), mas que permanece, sob vários aspectos, ignorado. 
Essa personagem evoca também as lutas de resistência para as quais foram voluntários índios, negros, pescadores, marisqueiros ? homens e mulheres ? organizados em grupos unidos por um ideal comum, liberdade para sua terra, possuindo como principal vantagem estratégica o domínio do relevo e geografia local. Itaparica e o Rio Paraguaçu eram de suma importância para o controle de entrada e saída de mantimentos, informações e armamento, na Baía de Todos os Santos ou no Recôncavo. Principal via de deslocamento do Recôncavo, o Paraguaçu permitia o acesso direto às vilas que encabeçavam a resistência. Em muitas narrativas, Maria Felipa é citada descendo de barco este rio com suas companheiras para levar mantimentos às cidades insurretas, armadas com peixeiras de mantear baleia faziam a vigilância do trajeto. Era imprescindível aos portugueses tomar a ilha para romper o bloqueio que impedia a entrada de víveres e reforços à cidade do Salvador. Itaparica destaca-se como um bastião na entrada da baía, nenhum navio entra ou sai, seja pela Ponta do Padrão ou pela Ponta dos Garcês sem ser notado e, mais importante, fica fora do alcance dos canhões das fortalezas. 
Até pouco tempo atrás, essa personagem era muito pouco conhecida e somente há alguns anos é que, iniciou-se uma campanha para o reconhecimento de sua importância. Sua existência foi preservada em grande parte pela tradição oral e ela foi integrada ao corpo simbólico da população itaparicana, citada por alguns autores como Xavier Marques no romance histórico O Sargento Pedro e pelo historiador Ubaldo Osório em A Ilha de Itaparica. Dalva Tavares Lima, Diretora da Biblioteca Juracy Magalhães Junior em sua Carta de Cessão lança alguma luz sobre isso: A resistência à Maria Felipa, em parte, se deu porque ela foi heroína de guerra, numa época em que somente homens eram convocados. A rejeição nas comemorações, por ser negra, faz de Maria Felipa na contemporaneidade, um dos símbolos étnicos da liberdade. (FARIAS, 2010, p. 33)." Fonte:http://www.bv2dejulho.ba.gov.br/portal/index.php/personagens/mariafelipa.html Leia também este artigo.
Leia mais sobre o Dois de Julho, data verdadeira da Independência do Brasil, aqui:
http://jeitobaiano.wordpress.com/2009/07/02/independencia-do-brasil-na-bahia-2/
Aqui:
http://terramagazine.terra.com.br/interna/0,,OI2986193-EI8214,00-de+Julho+Data+Nacional.html
E aqui (leia-se Independência NA Bahia):http://pt.wikipedia.org/wiki/Independ%C3%AAncia_da_Bahia



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