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China lança desafio aos EUA na África

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Colagem: Voz da Rússia

A China está dando um passo forte para consolidar suas posições na África, desafiando o AFRICOM, versão africana da OTAN naquele continente.

Foi assim que peritos russos comentaram a disposição da China para ajudar a União Africana a formar forças de intervenção rápida. O respectivo acordo foi anunciado pelo presidente da África do Sul, Jacob Zuma, após a visita a Pequim.

Este tema não foi refletido no comunicado oficial chinês sobre as conversações entre o líder da África do Sul e o presidente da China, Xi Jinping. Entretanto, Jacob Zuma referiu-se a Xi Jinping que declarou sobre a disponibilidade de ajudar a União Africana em suas missões de paz, concedendo, em particular, recursos para as forças de intervenção rápida africanas em situações críticas.

A iniciativa de formá-las pertence ao próprio Jacob Zuma que conhece a quem ele pode dirigir-se solicitando ajuda em sua preparação e apoio material e financeiro, diz Tatiana Deich, perita do Instituto de África:

?A China está reagindo a crises na África, apresentando-se sempre como mediadora, contribuindo para as negociações e dispondo as partes conflituantes a chegar a uma solução de paz. Contingente de paz da China trabalha ativamente em África na composição das forças da ONU. Cerca de 2 mil militares chineses participam a título permanente de diferentes missões no continente.

Atualmente, a China está reforçando suas posições nesse ramo. O país está disposto a ajudar a União Africana e, ao mesmo tempo, ter instrumentos para proteger seus interesses. É evidente que a China espera que as forças de intervenção rápida em situações críticas vão defender de qualquer modo suas posições econômicas em África?.

Em outubro de 2008, os Estados Unidos constituíram o AFRICOM (United States Africa Command, USAFRICOM, AFRICOM), comando africano de suas forças armadas, anunciado seu objetivo ? efetuar operações humanitárias em zonas de crise. Entretanto, como assinalam muitos peritos, o AFRICOM tem por alvo estratégico a China, sua extração do continente ou, pelo menos, o impedimento de sua rápida expansão econômica.

África não esconde que um dos incentivos à criação das forças africanas de intervenção rápida é o descontentamento com o AFRICOM que, sob forma de ajuda humanitária, se envolve em assuntos internos de países africanos. A disponibilidade da China de ajudar organizada, material e financeiramente a formar as forças africanas de intervenção rápida pode provocar uma nova confrontação entre as posições da China e dos Estados Unidos, considera Vladimir Evseev, diretor do Centro de Pesquisas Sociopolíticas:

?Aquilo que a China propõe é um sério desafio aos EUA e não onde a América esperava, porque os EUA tentam refrear a China na Região da Ásia e do Pacífico. Esta é de fato uma resposta digna à América, considerando que a China está reforçando realmente suas posições em África e com alta intensidade.

Quanto aos centros de forças que operam no mundo, a China está atuando na África com maior intensidade. Nesse contexto, a formação de tais forças de intervenção rápida é uma demostração, pela China, da disponibilidade de defender seus interesses bastante longe do território nacional. Tal declaração é uma certa pretensão do papel de novo líder mundial. Este é um novo passo na estratégia da China?.

A União Africana aprovou na cúpula em 2013 a decisão de formar forças de intervenção rápida. 11 países do continente expressaram a vontade de conceder suas tropas para a formação de destacamentos operacionais. Em agosto, o presidente da África do Sul, Jacob Zuma, discutia nas conversações em Moscou a possibilidade de ajudar em sua constituição, considerando que as novas forças precisarão também de apoio por parte de outros países do BRICS.
Leia mais: http://portuguese.ruvr.ru/news/2014_12_08/China-lanca-desafio-aos-EUA-em-Africa-5055/

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